segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

PREÇO DO DIESEL TERÁ ACRÉSCIMO DE R$ 0,15


O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda, afirmou nesta segunda-feira (19), que o repasse do retorno da cobrança Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis no preço pago pelos consumidores nos postos é uma “tendência natural”. Ele destacou, no entanto, que o setor defenderá a redução dos preços cobrados pela Petrobras nas refinarias para evitar que o novo custo seja repassado às bombas.
“A nossa expectativa era que o governo não daria esse aumento sem antes ajustar os preços da Petrobras”, disse Miranda, em entrevista aoG1.
Nesta segunda, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy anunciou a volta da Cide e a elevação do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre os combustíveis. O impacto será de R$ 0,22 para a gasolina e de R$ 0,15 para o díesel. O PIS e a Cofins terão alta imediata, mas o aumento da CIDE só terá validade daqui a noventa dias. A expectativa do governo é de arrecadar R$ 12,18 bilhões com esta medida em 2015.
A Cide teve sua alíquota zerara em 2012 justamente para atenuar nos últimos anos o impacto do aumento do preço da gasolina nas refinarias da Petrobras.
Agora, com a queda do preço do petróleo e dos combustíveis no mercado internacional, a Fecombustíveis avalia que a Petrobras tem margem para reduzir os seus preços. “Seria o mais inteligente para não impactar o consumidor e compensar a cobrança da Cide”, afirmou Miranda.
A compensação, segundo ele, será defendida em reunião do Ministério de Minas e Energia com representantes do setor de combustíveis marcada para a quinta-feira (22).
Ao ser questionado nesta segunda-feira sobre o impacto no preço dos produtos para o consumidor, Levy afirmou que “isso vai depender da evolução do mercado e da politica de preços da Petrobras”.
Repasse natural, mas não automático
Segundo o presidente da Fecombustíveis, o repasse da Cide ao preço final pago pelos consumidores não será automático.
“O setor atua com margens mínimas, mas a competição é muito grande. Tudo que os postos puderem tirar de gordura, vão tirar”, diz Miranda.
“Os empresários vão ter que refazer suas contas, pois as próximas compras já virão com o valor da Cide embutido na nota fiscal. Então é uma tendência natural que esse valor [o da Cide] seja repassado. Agora, quanto, não sei”, completa.
Preço da gasolina está quase 70% acima do internacional
Com a queda do preço do petróleo, a Petrobras passou a vender os combustíveis com um prêmio expressivo em relação a valores internacionais. O preço da gasolina nas refinarias do Brasil já está quase 70% acima do preço da referência internacional do combustível, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Trata-se da maior diferença desde o final de outubro do ano passado quando os preços dos combustíveis no Brasil deixaram de estar defasados em relação ao mercado internacional.
Fonte: G1

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