quarta-feira, 8 de julho de 2015

INFLAÇÃO NO BRASIL ALCANÇA MAIOR ALTA DOS ÚLTIMOS 19 ANOS

A inflação oficial de junho medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,79% acima da taxa de 0,74% de maio, conforme divulgou na manhã desta quarta-feira (8) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). E o primeiro semestre do ano fechou em 6,17%, se aproximando em apenas seis meses do teto da meta de inflação estipulada pelo governo para todo o ano (6,5%). O patamar é o mais alto para o período desde 2003.
Nos primeiros seis meses do ano passado, o índice de inflação acumulado foi de 3,75%. O acumulado dos últimos 12 meses atingiu 8,89%, mais do que nos 12 meses imediatamente anteriores (8,47%) chegando ao mais elevado índice acumulado em 12 meses desde dezembro de 2003 (9,30%). Em junho de 2014 o IPCA havia registrado taxa de 0,40%.
Os três itens de maiores impactos individuais foram os jogos de loteria (30,80%), passagens aéreas (29,19%) e taxa de água e esgoto (4,95%), que foram responsáveis por cerca de um terço do IPCA de junho.
Despesas Pessoais tiveram alta de 1,63%, ainda som influência do aumento dos jogos de loterias (30,80%), que exerceram o principal impacto individual no índice do mês. Considerando maio e de junho, o aumento foi de 47,50% como resultado dos reajustes nos valores das apostas, a partir de 18 de maio. Despesas no item empregado doméstico também tiveram alta de 0,66%.
Na segunda colocação estão as passagens aéreas. Mas mesmo com a alta de 29,19% no mês, esse item acumula queda de 32,71% no semestre. O grupo Transportes apresentou variação de 0,70%, influenciado ainda pelo reajuste de 12,50% em 16 de maio na região metropolitana de Belém (6,72%).
A taxa de água e esgoto (4,95%) foi o terceiro item de maior impacto no IPCA de junho, refletindo reajustes ocorridos em São Paulo (15,64%), Belo Horizonte (15,03%), Salvador (9,98%), Curitiba (5,64%), Rio de Janeiro (4,05%) e Recife (3,51%. Variação também nos artigos de limpeza (1,52%), condomínio (0,92%) e aluguel residencial (0,66%), fizeram com que o grupo Habitação fechasse o mês em 0,86%.
Em Saúde e Cuidados Pessoais a taxa foi de 0,91%, ainda sob influência dos remédios que ficaram 0,64% mais caros no mês e acumulam 6,03% no ano, repercutindo reajustes de 5%, 6,35% e 7,70%, autorizados a partir de 31 de março. Ainda nesse grupo, subiram: Artigos de higiene pessoal (1,46%), Serviços médicos e dentários (1,10%), Plano de saúde (0,77%) e Serviços laboratoriais e hospitalares (0,70%).
Aparelhos de TV, Som e Informática aumentaram 0,84% e se destacaram nos Artigos de Residência, cuja variação foi 0,72%, enquanto as roupas masculinas (1,13%) sobressaíram no Vestuário (0,58%).
No grupo Alimentação e Bebidas, a variação foi de 0,63%, e a cebola teve o principal aumento, de 23,78%, no mês (148,31% no ano).
Entre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (1,05%) em virtude da alta de 25,50% nos preços das passagens aéreas que, com peso de 1,57%, teve impacto de 0,40 ponto percentual. O menor índice foi registrado em Goiânia (0,21%), onde o preço do litro da gasolina ficou 2,30% mais barato, enquanto no etanol a queda foi de 8,53%.
IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília. Foram comparados os preços de 28 de maio a 29 de junho com os preços vigentes entre30 de abril e 27 de maio.
INPC fica em 0,77%
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) variou 0,77% em junho, bem abaixo do resultado de 0,99% de maio. O primeiro semestre do ano fechou em 6,80%, acima da taxa de 3,79% do primeiro semestre do ano passado. Nos últimos doze meses o índice acumula 9,31%, acima dos 8,76% dos 12 meses anteriores. Em junho de 2014 o INPC foi de 0,26%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,69% no mês, inferior a taxa de maio (1,48%). O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,81% em junho, acima da taxa de 0,78% de maio.  Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Salvador (0,97%), onde os alimentos aumentaram 1,40%, acima da média nacional (0,69%), além da taxa de água e esgoto (7,29%), que refletiu reajuste de 9,98% do dia 06 de junho. O menor índice foi de Vitória (0,22%) em função da queda de 0,11% nos preços dos alimentos.
O INPC se refere a famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos  e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, Campo Grande e  Brasília.

Fonte: Blog do Gordinho

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