O projeto foi solicitado no final de 2013 pelo empresário Roberto Gaudêncio, proprietário da Puríssima, empresa de dessalinização que explora água subterrânea, localizada em Serra Branca. A ideia foi elaborada pelo doutor Rui Oliveira Macedo, professor pesquisador da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), na área de Farmácia, epresidente do Conselho Diretor da Fundação de Apoio a Biotecnologia e Inovação (Funbits), onde são promovidos apoios a projetos de pesquisa, tecnologia e incubação de empresas.
Após a aprovação pela Funbits, ainda em 2013, a proposta foi executada pela Puríssima em parceria com a UFPB e com o apoio financeiro do Sebraetec, um braço do Sebrae que torna prestadores de tecnologia e pequenos negóciosmais próximos para que esses micro empresários tenham acesso à mão de obra especializada.
O professor Rui Macedo diz que o objetivo não era só ampliar atividades econômicas da região, mas também resolver o que seria um problema ambiental, já que o rejeito da água dessalinizada, o que resta do processo de purificação da água (também chamado de ‘concentrado’), não pode ser jogado no solo porque tem altas quantidades de diversos sais que podem intensificar a desertificação.
Por meio dessa proposta, além de fornecer água potável para o mercado, com a retirada dos sais, e proteger o meio-ambiente, o Cariri inicia uma fase inédita da economia, que é a produção de pescado a partir do que sobra da dessalinização da água. Rui Macedo afirma que não tem informações de projetos semelhantes na Paraíba ou em outros estados do Nordeste e traz mais detalhes sobre como tudo começou.
“A ideia foi concebida por mim em função da preocupação que tenho com a escassez de recursos hídricos da região do Cariri paraibano e que resultará na necessidade de obtenção de água potável através dos processos de dessalinização. Algumas empresas já usam este processo para purificação de água, vendendo-a no mercado. Este é o caso da empresa Puríssima que gera para cada litro de água purificada, um litro de rejeito que contém altas concentrações de sais e não pode ser jogado no solo. A nossa preocupação era sobre o que fazer com aquele rejeito para que a empresa pudesse continuar com a atividade econômica.
Fonte: Portal Correio
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